Os atalhos servem para fazer com que o nosso caminho se torne mais fácil. Nossos pais e a sociedade nos ensinam o que é certo, errado, esperado, condenado e, conforme explanado no artigo Gente de Bem, certos conceitos têm o intuito de orientar sobre o comportamento do homem em determinadas situações e não implicam necessariamente em algum castigo. Outros, por sua vez, têm caráter punitivo e ganharam o status de lei e, portanto, devem obrigatoriamente ser respeitados e seguidos.
A grosso modo, o atalho que aprendemos a tomar para sermos bem sucedidos no âmbito profissional é aquele que diz que devemos estudar com afinco, passar de ano entrar numa faculdade, falar um segundo (e até terceiro) idioma, trabalhar numa empresa, etc. e, uma das formas que temos de resumir o conjunto de coisa que fazemos e/ou que somos capazes de desenvolver em uma empresa se dá através da apresentação de um bom currículo. No entanto, esse documento que tem por objetivo ilustrar as qualidades e aptidões profissionais de um indivíduo, parece, a meu ver, que tem se tornado, também, uma comoditty (leia o artigo “Você é uma commodity”).
Tiro por experiência própria. No tempo em que eu estava em busca de “oportunidade” no mercado de trabalho, eu aprendi o que “as empresas queriam”. Sendo assim eu me descrevia orgulhosamente da seguinte forma: pró-ativo, facilidade de trabalhar em equipe, dinamismo, documentação completa e atualizada, além é claro, de dizer que estava apto para assumir as atribuições que a mim fossem designadas com total comprometimento com “esta renomada empresa”, e blábláblá. Detalhe: isso era apenas um atalho que encontrei para fazer valer o meu grande e invejável histórico acadêmico e profissional. Mal eu sabia que existiam dezenas de centenas de milhares de outros com o mesmo perfil. Se você está em busca de (re) posicionamento no mercado de trabalho, sugiro que leia o meu artigo “O que fazer com seu currículo”.
No entanto, a coisa não para por aí. O atalho de colocar as minhas virtudes não funcionaram bem na prática e até hoje, mais de 10 anos depois, eu espero o telefonema e e-mail de alguns entrevistadores que diziam que iam me retornar assim que tivessem uma posição em relação aos processos seletivos dos quais eu tinha participado. O tempo passou e me vi atuando por conta própria no atendimento de contas de publicidade de alguns empresários e adivinha: eles também tinham lá os seus atalhos. Assim como eu e centenas de candidatos que disputavam uma vaga de emprego mencionavam em seus currículos os seus “diferenciais”, esses empreendedores também tinham a lista dos seus principais atrativos para chamar atenção da clientela: bom atendimento, qualidade, variedade, ambiente climatizado, equipe treinada, menor preço, profissionais qualificados, etc. O detalhe? Boa parte apostava nessas mesmas descrições da sua característica em relação aos seus concorrentes. Hehehehe…pois é!
Embora possa soar um tanto dispendioso, é importante você dedicar um pouco mais de esforço para realmente descobrir os seus reais diferenciais competitivos, seja como empresário, seja como um candidato a uma vaga de emprego. Seja cético, não se deixe levar bela grande boiada do senso como; não invista em adjetivos, as pessoas e as empresas (que nada mais são do que feitas de pessoas) precisam mesmo é de resultados. Você realmente é capaz de entrega-los? Hoje, com a presença das mídias sociais, estamos entrando em um novo paradigma e, creio eu, que com ele vem o fim da propaganda. Portanto, cabe a você realmente encontrar o seu real diferencial naquilo que você pretende desenvolver na esfera profissional.
Faça que acontece!
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