Que me perdoem os sambistas, mas existe um trecho na música “Deixa a vida me levar”, cantada por Zeca Pagodinho que diz o seguinte: “só posso levantar as mãos pro céu, agradecer e ser fiel ao destino que deus me deu. Se não tenho tudo que preciso, com o que tenho vivo, de mansinho lá vou eu. Se a coisa não sai do jeito que eu quero, também não me desespero, o negócio é deixar rolar. E aos troncos e barrancos lá vou eu”! Como assim, ué? Não, desta vez eu não vou falar nem de mim e nem de você, vou falar das pessoas mais queridas e mais importantes da sua vida.
Imagine que um ente verdadeiramente querido seu esteja precisando de ajuda (amigo, parente, pai, mãe, filho, etc.). Você, sendo uma pessoa que quer muito o bem desse indivíduo, realmente vai dizer que é melhor ele ser fiel ao destino dele, que ele tem que se contentar e viver com aquilo ou com aquela situação pela qual está passando? Sei não, hein: penso que ou você é muito egoísta a ponto de negar ajuda a uma pessoa querida, ou de repente o egoísmo pode estar partindo dela também, afinal, é muito complicado viver próximo de gente que está o tempo todo se vitimizando, reclamando e se afundando cada vez mais em profundo coitadismo e inércia, a ponto de não fazer absolutamente nada para sair da situação em que se encontra.
Claro, existem casos e casos, mas se você tem saúde, saiba que você tem não só o direito, mas também o dever de melhorar a sua vida, para que assim você possa contribuir para a melhoria da vida do seu próximo e, quando a mudança é positiva, melhor ainda! Se você busca por mudanças positivas e consegue bons resultados para a sua vida, saiba que você não é e nunca vai ser o único beneficiado: as pessoas mais próximas a você também receberão direta ou indiretamente algum benefício também, no entanto, o contrário também é verdadeiro. Se quiser, você pode conferir a publicação “Como prever seu destino sem pagar uma vidente para isso” e dar a sua opinião sobre o meu raciocínio.
Se você vive no meio de gente acomodada, coitada, vitimizada, alienada ou com pensamentos negativos e destrutivos, é quase certo que a energia e a forma que elas têm de enxergar a vida o contaminem, afinal, você tem forte tendência a ser fruto do meio em que vive. A melodia da música em questão até pode ser bonita, mas quem vive cantarolando e leva ao pé da letra a ideia de ser feliz e satisfeito apenas com o (pouco) que tem, me faz pensar em alguém que já estacionou e se estagnou na vida. São pessoas assim que são manipuladas pela mídia, pelo governo, pelo fanatismo religioso e político, o que (estatisticamente falando) só tende a sugar as energias de quem tem um maior e melhor propósito de vida. Pessoas desse tipo estão na “outra obesidade” – elas já são tão empanturradas de certezas, convicções e paradigmas que não cabe mais espaço para novas ideias, ideiais, horizontes e por conta disso acabam achando que o mundo “é isso mesmo” e ponto final.
Quanto mais velhas elas são, mais apegadas ao que aprenderam elas se tornam e, portanto, mais difícil é o processo de mudança, a não ser que ocorra alguma epifania para fazê-las percebê-las a respeito do problema ou perigo que elas estão propensas a ter que enfrentar e, infelizmente, na imensa maioria das vezes, isso não acontece das formas mais dóceis e animadoras.
Me mande um email se eu estiver errado, mas penso que paradoxalmente falando, você (e eu também me incluo nesse meio) só está aonde está, com os resultados que tem, graças à qualidade informação que você tem ou que não tem. Existem pessoas que deixam de evoluir porque aprenderam que as coisa só funcionam de “um jeito” – o delas. Convictas do seu modus operandi, elas se renegam a aprender, ou se for o caso, até mesmo desaprender o que aprenderam para que novas possibilidades possam ser vistas a partir de um novo prisma…de um novo paradigma, mas aí vai de cada um escolher o que realmente vale a pena aprender.
Quanto ao “deixa a vida me levar” sugiro que (caso você realmente esteja disposto a mudar para melhor) você considere a seguinte possibilidade: não é a vida que leva você, mas é você que deve conduzí-la. Resta saber o que você está disposto a aprender para fazer isso com mais sabedoria e, claro, positividade.
Faça, que acontece!