A riqueza da simplicidade

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Um grande executivo tirou férias e foi para uma pequena vila de pescadores, por ordens médicas. Sem conseguir voltar a dormir por causa de uma ligação urgente do escritório, na primeira manhã ele saiu para dar uma volta no píer, para esfriar a cabeça. Ali perto, o pequeno barco com um único pescador atracava e dentro do barco um cardume dos melhores pescados chamou a atenção do executivo, que perguntou: “quanto tempo levou para pescá-los?”. “Apenas um pouquinho”, respondeu o simples homem. “Por que você não ficou para pegar ainda mais?”, o executivo tornou a perguntar. “Porque tenho o bastante para a minha família e ainda sobra para meus amigos”, disse o pescador, enquanto colocava os peixes na cesta.

Ainda curioso, o visitante pergunta: “mas o que o senhor faz com o resto do seu tempo?”. O humilde pescador responde com um simples sorriso: eu acordo tarde, pesco um pouco, brinco com meus filhos, tiro uma sesta com minha esposa e à noite vou dar uma voltinha, tomar um vinho, tocar um violão com os amigos. Tenho uma vida completa e bastante abundante!”.

O executivo deu uma gargalhada e disse, com tom de autoridade: “senhor, eu tenho um MBA e posso ajudá-lo. Você deveria passar mais tempo pescando, comprar um barco maior. Em pouco tempo você poderá ter uma grande frota de barcos de pesca e assim, ter a sua própria empresa de peixes enlatados, além de poder se mudar para a cidade grande e ser dono de um grande império empresarial”.

Em sua ingenuidade, o pescador perguntou: “mas, senhor, quanto tempo isso vai levar?”. De pronto o executivo respondeu: “Rapidamente, mestre. Entre 15 e 25 anos, no máximo”.

Embaraçado na resposta do especialista em negócios, o pescador tornou a perguntar: “e aí?”. Na ponta da língua o visitante respondeu: “aí você vai poder acordar tarde, pescar um pouco, brincar com seus filhos, tirar uma sesta com sua esposa e à noite dar uma voltinha na vila, tomar um vinho, tocar um violão com os amigos…”

Fim

Esta parábola foi extraída do livro “Trabalhe 4 Horas por Semana”, de Timothy Ferris e ilustra que muitos têm o conceito errado de riqueza. Ora, ser rico não significa ter, necessariamente, os bens mais caros, luxuosos e tampouco está atrelado apenas à ideia de posse, mas sim, à questão de se viver sem a preocupação de pagar tais aquisições no fim do mês. Conforme eu já disse no artigo “Na Pindaíba”, as pessoas acham que ricos são aqueles que gastam dinheiro, que detém muitos bens e por isso querem ser iguais a eles. Mal sabem que muitos desses podem estar encalacrados de dívidas até o pescoço, mas que fazem de tudo para manter as “boas aparências”, nem que para isso sacrifiquem as coisas de necessidades mais básicas, já que em seus bastidores estão desesperados para não perderem as suas preciosas “conquistas” para o banco.

A grosso modo, ser rico está mais ligado à questão do ser do que do ter; mais à questão do viver do que apenas existir. De nada adianta você ganhar “muito” se ao mesmo tempo trata de gastar tudo que tem, principalmente no que diz respeito aos prazos estendidos que, quando acumulados às outras “aquisições” só vão fazer com que o seu termostato financeiro (e consequentemente até social) fique prejudicado, uma vez que você foi treinado apenas para enxergar o lado externo da riqueza, mas que possivelmente tem muita dificuldade de entender que ela é feita das coisa mais simples, até porque existe um ditado que diz que tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que tem, é dinheiro”.

Agora dá licença. Deu vontade de passear de barco e, quem sabe, até mesmo pegar um peixe, tomar um vinho, tocar um violão, etc.
Faça, que acontece!

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