Mercado de Trabalho - Meu erro #2

No vídeo Mercado de Trabalho – Meu Erro #1 eu falei sobre o dilema que eu passei mesmo quando eu já tinha o título de bacharel: eu não era contratado por muitas empresas porque eu tinha experiência demais ou porque tinha experiência de menos. Mas eu ainda tinha mais uma bala para apostar: eu poderia ser funcionário público e ter a vida que sempre quis, com a tão sonhada estabilidade financeira, com hora certa para entrar e hora marcada para sair.

Eu não queria as vagas mais escassas de Nível Superior, e sim aquelas “mais fáceis” de nível Médio. Desse modo comecei a estudar Português, Matemática, História, Geografia, Física, Química, Informática, Raciocínio Lógico, além de assuntos relacionados a Direito Constitucional, Civil, Administrativo, dentre outros assuntos complementares que sempre iriam variar de acordo com o órgão para o qual as (pouquíssimas) vagas eram destinadas. Facinho, facinho, né?

De repente percebi que eu não respirava outra coisa, eu não vivia...aliás, eu vivia preocupado com tal matéria a ser estudada, com exercícios a serem feitos, com os gabaritos que saiam, com o próximo certame, com os livros das principais perguntas, com o dia da prova, com o dia do resultado... e com o dia da minha desclassificação. Mas eu não podia parar, pois segundo o concurseiro do meu irmão, isso era normal: tem gente que leva anos para conseguir ser aprovado e empossado no cargo (ele é um exemplo disso) e o outro detalhe é que existe diferença entre ser aprovado, ser classificado e ser chamado, sem contar que a convocação pode ser prorrogada por pelo menos 2 ou quatro anos. Foi aí que a minha última bala foi usada e eu descobri o meu erro #2:

PROCURAR EMPREGO

Partindo do princípio de que emprego você consegue em uma empresa e que para trabalhar nela você precisa saber fazer algo, eu tenho algumas perguntas até meio bobas para a sua reflexão:

• Você sabia que as empresas são feitas de pessoas?
• Sabia que essas mesmas pessoas que são atendidas por essas empresas para as quais você acha que pode trabalhar, podem ser atendidas por você?
• Sabia que você pode lucrar diretamente com essas mesmas pessoas fazendo exatamente aquilo que você faria num emprego, podendo ter, inclusive, mais qualidade de vida?
• Sabia que se você se sente apto para trabalhar numa empresa, você pode mudar a sua forma de enxergar as coisas e começar a trabalhar com pessoas?
• Sabia que por trás de um emprego, ou de um trabalho ou de ganhar dinheiro, ou de enriquecer, tudo consiste em ajudar pessoas nos problemas delas?

Se você está satisfeito com seus resultados profissionais, ótimo: parabéns! Se você tem alguém que pode bancar as suas despesas enquanto está desempregado, parabéns também! Agora, se você sabe que precisa e deve agir para começar a ganhar dinheiro de forma mais inteligente (e até mesmo prazerosa) para viver melhor, não procure mais emprego, procure pessoas. São elas que pagam as empresas, são elas que formam as empresas, são elas que vão lhe pagar.

Sacou?

E você, continua esperando um emprego ou estudando para um concurso que sabe lá quando vai aparecer (e se você vai ser chamado)?

Faça, que acontece!

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Um abraço e bons negócios!