Como começar a investir em marketing

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Sócrates já dizia: “conhece-te a ti mesmo”. Considero aqui o pontapé inicial para se começar a investir em marketing, ou melhor, no seu marketing. Seja você dono de uma empresa, funcionário, desempregado, free lancer[1], profissional liberal, artista ou exerça qualquer função especial enquanto habita aqui na Terra, não importa: consciente ou inconscientemente você estará sempre fazendo seu marketing para alguém, no entanto, cabe a você querer potencializar ou não o que já é ou conquistou.

Entendida a concepção inicial do que é marketing está na hora de começar a se entender. Dentre as teorias do marketing temos a análise S.W.O.T (lê-se “suót”) onde temos Strenghts (Forças), Weakness (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades)  e Threats (Ameaças). Em português, temos o acrônimo F.O.F.A (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças).

FORÇAS

Podemos dizer que ela é inerente do seu “eu”. São as habilidades natas que você adquiriu e incorporou com suas experiências, cursos, treinamentos, ou através de simples observação. Os que acreditam ser “dom” às vezes sequer imaginam que essa dádiva da natureza é fruto de muito esforço, empenho e persistência. Por exemplo, muitos acham Bill Gates um fenômeno na informática, que ele tem o dom de fazer as coisas acontecerem de “forma rápida” no ramo da computação, porém, desde muito jovem ele começou a fazer experimentos, muitas coisas deram errada até que…boom…deu certo[2] ! Às vezes, temos a preocupação de trabalhar em prol do sonho dos outros e esquecemos que dentro de nós tem algo mais forte, uma espécie de chamado que sacode nosso subconsciente. Eis que é hora de começar a empreender num sonho.

OPORTUNIDADES

Serviços Empresariais Ad pngSão as coisas que estão fora do seu controle, mas que conspiram a seu favor. Você pode, por exemplo, perceber que na sua rua, muitas pessoas adoram comidas típicas da região, mas não tem ninguém para oferecer tal serviço. Bingo! Eis uma oportunidade de mercado, um nicho a ser explorado. O que vale é usar a sua percepção e olhar de maneira diferente o que as pessoas comuns enxergam como algo sem importância. Isso se dá com as experiências que você adquiriu, combinadas com o que você sabe, e de preferência, gosta de fazer. Não estou dizendo que você deve sair oferecendo um serviço simplesmente porque não há “ninguém” oferecendo o mesmo, mas acima de tudo, que você possa perceber, também, que existem pessoas que queiram comprar ou pagar por tal ideia. Para isso se faz necessário trabalhar o seu senso de observação no que diz respeito ao comportamento e hábito das pessoas. Um erro comum é achar que se vai vender para todo mundo. Ledo engano! Ao invés disso, procure fazer uma “peneira” de quem realmente pode se interessar pelo que você tem a oferecer.

FRAQUEZAS

De forma direta, são as suas limitações. Você pode querer ser um jogador de basquete e não ter a estatura “padrão”; pode querer ser um locutor de rádio e não ter uma boa dicção; pode querer ser um escritor, mas não gosta de ler; pode querer fazer dez coisas e só saber fazer uma. O bom de ter a consciência de suas fraquezas é que você pode trabalhar para minimizá-las e, em alguns casos até mesmo eliminá-las. Neste caso, acredito que o conceito de Fraqueza ou Força vai depender de como você encara a situação. Por exemplo, você pode considerar que sua Fraqueza é não ter a equipe necessária para atender vários clientes ou pode explorar isso a seu favor, concentrando esforços para atender apenas a determinado número de compradores, podendo inclusive cobrar mais por isso. Se você é um excelente instrumentista e um péssimo cantor, pode trabalhar com produção musical em estúdios ou simplesmente acompanhando vários cantores ou mesmo participar de projetos instrumentais. Se você não tem nenhum interesse em trabalhar com vendas, por não gostar de argumentar e explicar o funcionamento de tal produto ou serviço, talvez o ideal seja você se dedicar a um serviço mais administrativo de uma empresa ou mesmo tentar a sorte em certos cargos do serviço público por meio de concurso.

Como se pode perceber, a questão do que é bom ou ruim, depende do seu ponto de vista. Porém o essencial é ter a consciência de como tal coisa soa para você (como sacrifício ou prazer).

AMEAÇAS

São os fatores externos que conspiram contra você e que não estão sob seu controle: o concorrente da vaga de emprego, uma empresa do seu segmento instalada na mesma rua que a sua uma decisão do Governo, a mudança ou falência de um fornecedor, o lançamento de novas tendências de consumo, etc.

Embora não se possa fazer praticamente nada, a forma de pelo menos minimizar os efeitos (ou prejuízos) é estar antenado na concorrência, nas tendências de mercado. E isso você pode acompanhar em jornais, revistas, em anúncios publicitários, na internet ou simplesmente pelo bom senso de observação. No entanto, cabe aqui frisar o seguinte: as oportunidades ou ameaças não são vistas com os olhos e sim com a mente!

anuncio ed aCONCLUSÃO

Potencialize seus pontos fortes e não tenha medo dos seus pontos fracos. Embora você possa vir a pensar que tal empresa ou pessoa não tem nenhuma fraqueza, pode ter certeza que a tal “perfeição” dela está somente em determinados pontos em que vocês têm em comum. Por exemplo, o Messi pode ser o sinônimo de perfeição no futebol atualidade, mas possivelmente o resultado não será o mesmo, caso ele seja colocado num octógono para lutar no UFC. Ele se concentrou e potencializou as suas forças no que ele sabia fazer de melhor: jogar futebol. Embora ele possa ter alguma habilidade para lutar, o real talento dele está na bola junto aos pés e não nos movimentos de uma arte marcial.

Atente-se para as oportunidades e as ameaças! Como eu disse antes, elas não são vistas com os olhos e sim com a mente! Trabalhe o seu senso de observação, leia livros, vá ao cinema, aprenda um instrumento, pegue um caminho diferente, observe as pessoas, viaje! A experiência vai ser semeada no seu subconsciente e, quando você menos esperar, “do nada” as ideias vão aparecer!

Faça, que acontece!

 


[1] Dizemos que free lancer é um profissional especializado em uma determinada área que faz serviços avulsos, sem ser necessariamente um empregado.
[2] Sugiro que você assista ao filme “Os Piratas do Vale do Silício”.

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